terça-feira, 21 de outubro de 2014

Excessos

o excesso transborda
pede borda
pede limite
enquanto se aflige
em tensão
tesão
brutalidade da vida comum.
o excesso pede transcendência
tranquilidade
suavidade
que não chega
que grama nenhuma dá conta.
perdido
tonto
atordoado
em espirais vazias
de vazios.
confuso
difuso
entre cheiros e 
peles
reles
experiência passageira.
se não é fim do conto
aumenta um ponto
que ainda não foi o bastante
e teu peito ainda inchado
precisa esvaziar
se calar
que tá na hora de ouvir a razão
deixar a pulsão
e reorganizar a dinâmica 
dessa vida que não dinamiza mais
que se repete
sem freio nem receio
anseio ou reflexão.

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