terça-feira, 18 de março de 2014


how can i feel you if i don't know you, babe?
we're running like hell
but we're running towards nothing
towards ourselves
towards our pleasures
living in a high speed race
avoiding our voids
and in this everyday nonsense
we find ourselves naked
while we undress our souls
and live for the moment
as the sun sets on our faces
burning every dream left behind.

i could pretend i believe in these lust dreams
but we all know that deep inside
i keep embracing little details
of your faces when i sleep.

now, wait for me
and let's run this road together, man.


segunda-feira, 10 de março de 2014


o que tem essas segundas
que despertam tanto 
e adormecem tanto 
ao mesmo tempo?
depois de dias invernados em velocidades
a desaceleração é brusca demais
e tudo para
o tempo para
a memória para
e o que se cria no vácuo
enquanto se tenta evitar pensamentos?
e foi que passei na porta do cemitério
e espiei de longe aquela obra que há tanto tempo me fascina
mas é preciso voltar ao trabalho
e não há tempo de parar e mirá-la por alguns minutos
nem sentir aquela paz
nem pensar em tudo que morreu
nos sonhos que se foram
nos desejos que estão indo
nem pensar nos outros que surgem para ocupar o tempo
e a cabeça.
muito se descobre
nesse intervalo entre sonhos e pesadelos
mas outro tanto ainda está mal enterrado
faltam-lhe alguns golpes de pá
até que falte ar para o que já morreu.
e as coincidências são irônicas demais, não?
realmente não são pessoas, 
são castelos.


"Well go get your shovel
And we'll dig a deep hole
To bury the castle, bury the castle"
[paramore]