e uma vez mais se entrega ao caos que tanto evita que tanto deseja. a vida pacata não foi feita para ela a temperança é um valor distante. entre esforços e devaneios entrega-se novamente a ele vive tudo que a sobriedade não lhe traz e afunda-se em questionamentos do dia seguinte a ressaca dos objetivos que não se cumprem o vazio de pensar quase tê-los conseguido. é desinteressante viver assim ou é simplesmente desinteressante viver? o que é isso de que tanto precisa que sem nada mais lhe emociona nada mais lhe toca nada mais importa? resta-lhe o tédio quase mortal ou a ressaca desmedida a temperança cinza ou o caos tão colorido o vazio constante ou o arrependimento certo da manhã seguinte as faíscas de amor ou a desolação da solidão. repetitivo. novas significações parecem não evitar mais do mesmo parece premeditado soa-lhe como caminhos diferentes que chegam sempre ao mesmo lugar esse lugar de insatisfação em que de nenhum jeito está bom e não tem outro jeito de ser. chora e desiste tenta de novo e falha mas continua porque sabe que assim tem que ser.