não coincidente dissidente confuso e precoce simplesmente distinto sinto sento e penso intensidade não pronuncia qualidade intensidade também esmaga num furacão de exageros narcísicos desejos ilusórios anteriores à oralidade remetem à única plenitude uma vez sentida nas vísceras do corpo não delineado e como queres que eu explique isso? a patologia de uma vida inteira? como minhas peles numa deliciosa automutilação canibalismo da própria existência ininteligível explicações simplesmente não cabem não se bastam sozinhas nem acompanhadas de discurso racionalizante então te cala que o silêncio explica ou deixa esvair o que precisa dar vazão o que precisa diluir o que precisa esvanecer
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
A vida de boemia de ébrios sem memória sem história de lembranças brancas acinzentadas de vivências embaçadas, da fissura do viver da monotonia da sobriedade. Cadê tua fumaça cadê tuas mulheres sem rumo hoje a procura de destino.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
divagações exageradas de uma noite sozinha todo nosso caos me confunde esse nome criado na fachada da minha cara acabou se condundindo mais agora o que é pra mim não é coincidente com teu jeito ferdinando tua carência que não transparece dependência tua liberdade me transpõe perco a carona que você me deu abano a mão sozinha sem retorno sem contorno sem explicação sem palavra trocada só o silêncio do não dito pelo dito pelo imaginado pelo pressentido pelo pressuposto escutarei tuas desculpas e aceitarei pelos motivos errados pelos motivos chulos da minha patologia que já me assola tão logo deixei entrar em contato com a intensidade que me move que me dá vida e que me esmaga na angústia de mim mesma do meu vazio